segunda-feira, 31 de outubro de 2011

O primeiro post a gente nunca esquece

Adoro escrever. Não me prendo muito a regras não, a não ser que vá fazer algum tipo de prova, ou algo parecido. O que eu gosto mesmo é de escrever crônicas. As minhas geralmente são bem extensas, mas sempre hilárias, com um pouquinho de sarcasmo e ironia (ADORO!). Essa eu fiz pra faculdade, logo após um show que assisti no Rock in Rio 2011. Não lembro a nota que o professor me deu, mas que ele deu umas gargalhadas, ele deu! 


Dificilmente encontrarei um show melhor do que eu estive no último domingo, 02 de Setembro. Comecei a ouvir System of a Down tinha uns 11 anos, e desde então sonho com o dia que levou uma década para chegar. A espera foi longa, mas cada minuto foi mais que compensado.
A princípio não esperava ter essa oportunidade num evento tão grande como o Rock in Rio, onde pude ver também outras bandas da minha ‘época’, mas nada que se possa comparar ao SOAD.
Antes de começar, foi realmente uma peregrinação alcançar o tão sonhado meio da pista. Realmente uma aventura em série, porém, previsível pelo óbvio. Durante, foi complicado manter-se no lugar, devido às famosas rodas punks (que quando se vê pela TV parece bem divertido, mas definitivamente não é), que se abriam repentina e exaustivamente, onde não restava outra saída a não ser, entrar nela.
Ao ouvir as primeiras notas que saíram simultaneamente da guitarra e bateria, que logo entraram em sintonia com a perfeita entonação do admirável e digno de aplausos ininterruptos, Serj Tankian, minha alma abandonou o meu corpo e foi ao encontro do êxtase, o que me fez ficar completamente fora do ar. Claro, o cheiro excessivo da cannabis teve uma grande contribuição para isso, fato que foi comprovado e vivenciado no momento em que senti mãos agarrando minhas pernas, me levantando a cima das cabeças vibrantes, depois, outras, várias mãos passando pelas minhas costas, me fazendo deslizar para frente. Estava flutuando... flutuando em direção a eles! De olhos fechados, aproveitei a sensação, desejando que nunca terminasse. Ao abri-los, minha nova localização não era o palco, mas sim o centro médico improvisado ao lado dele, deitada numa espreguiçadeira de praia, com um monitor de pressão sanguínea no meu pulso.
Parece até estranho, mas talvez este tenha sido o melhor momento do dia, nada de rodas, empurra empurra ou mariajuana, apenas eu e o System, que sussurrava Holly Mountains ao meu ouvido. Mas minha aparente recuperação me levou a expulsão do local, pois, pudera, havia outras pessoas necessitando daquele lugar.
O show ainda na metade, não podia ser abandonado por um quase fatal erro de percurso, mas fui proibida por um sujeito que se disse médico de voltar para o lugar de origem, então o mesmo sujeito me encaminhou para um local sem muito movimento, onde a pessoas que estavam lá já estavam exaustas e só queriam descansar um minuto que fosse, mas a caixa de som não deixava. Este era a lateral do palco, onde tive visão completa do espetáculo; gritei, cantei, chorei e pedi os quatro integrantes do grupo em casamento sem ser perturbada. Em fato só eu estava perturbando.
Sim, foi uma loucura. A pergunta “o que é que eu estou fazendo aqui?” não me saia da cabeça, alias, pronunciei por diversas vezes enquanto estava sendo esmagada por aqueles roqueiros malucos. Não faria algo parecido nem de graça se soubesse a proporção do evento. Mas se eu pudesse, sem pensar, faria tudo de novo... Ah se faria!

Taiane Farias 

2 comentários:

  1. Arrasou ein, amiga! Grande talento q vc tem ai... Agora é só a gente divulgar o blog e dá um gás!!!! Beijos

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  2. Aii amiga tomara que isso dê certo! Valeu pela força!
    beijinhoos

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